Publicada em: 20/03/2018 às 09:09
Volume 13, número 2, jul-dez./2017


Dialogismo e polifonia em Jean Rouch
Caio Bortolotti Batista


O presente artigo se propõe a pensar o cinema de Jean Rouch sob a luz dos mais recentes paradigmas da etnografia, tomando como ponto de partida as considerações do historiador da antropologia James Clifford (1998) sobre dialogismo e polifonia. Por meio da análise de “Jaguar” (1954-1967), filme central na obra de Rouch, observam-se as possibilidades de um dispositivo em que múltiplos discursos culturais são postos em relação, e que proporciona aos personagens, em conjunto com o antropólogo-cineasta, a construção diegética de seus mundos sensíveis através de operações de dissenso (RANCIÈRE, 1996) e procedimentos de improvisação.

Palavras-chave
Cinema; etnografia; Jean Rouch.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


This article proposes a thought on Jean Rouch's cinema in the light of the most recent paradigms of ethnography, taking as a starting point the considerations of the historian of anthropology James Clifford (1998) on dialogism and polyphony. Through the analysis of "Jaguar" (1954-1967), a central film in Rouch's work, one can observe the possibilities of a device in which multiple cultural discourses are brought into relation – a device that allows the characters, together with the anthropologist-filmmaker, the diegetic construction of their sensitive worlds from operations of dissent (RANCIÈRE, 1996) and improvisation procedures.

Key-words:
Cinema; ethnography; Jean Rouch.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Dialogismo e polifonia em Jean Rouch


Powered by Publique!