O presente trabalho se propõe a contribuir com os estudos sobre ativismos em redes digitais, bem como com as pesquisas sobre trabalho doméstico remunerado. Nosso objetivo é compreender de que maneira sujeitos historicamente distantes dos espaços políticos tradicionais criam enquadramentos para narrar suas experiências de opressão nos sites de redes. Para isso, empreendemos uma análise dos relatos da fanpage “Eu, Empregada Doméstica”. Conclui-se que as participantes atuam politicamente contando sobre vivências do cotidiano de trabalho e que iniciativas como essa tem como contribuição pautar a agenda pública e criar dinâmicas de reconhecimento entre as manifestantes.

Palavras-chave:
ação coletiva, ativismo digital, trabalho doméstico remunerado.

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The present work proposes to contribute with the studies on activism in digital networks, as well as with the research on paid domestic work. Our goal is to understand how historically distant subjects from traditional political spaces create frameworks to narrate their experiences of oppression on network sites. For this, we undertake an analysis of the accounts of the fanpage Eu, Maid. It is concluded that the participants act politically telling about daily life experiences and that initiatives such as this have as contribution to guide the public agenda and create dynamics of recognition among the protesters.

Key-words:
collective action, digital activism, paid domestic labour.

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Tá na mesa! O público, o privado e a ação coletiva nos relatos da fanpage ‘Eu, Empregada Doméstica’