A partir de notícias falsas que circularam na rede, após o assassinato de Marielle Franco, busca-se pensar quais as narrativas que vão sendo construídas sobre a suposta trajetória da vereadora e como esses discursos apropriam-se de ideias presentes no imaginário coletivo, para elaborar – por meio de um jogo narrativo com identidades de sujeitos historicamente subalternizados – uma retórica colonialista. Essas notícias, mesmo não sendo obviamente verídicas, por trafegarem em espaços midiáticos potentes, através das redes, acabam servindo como território narrativo de construção de discurso de ódio, misoginia e ataques às minorias.

Palavras-chave:
Lugar de fala; Narrativa; Feminismo.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Through fake news that circulated on the internet, after the murder of Marielle Franco, this paper seek to think which narratives are being built about the supposed trajectory of the councilwoman and how these discourses appropriated ideas present in the collective imagination, to elaborate – through a narrative game with identities of historically subordinated subjects – a colonialist rhetoric. These news, while not obviously true, serving as a narrative territory for the construction of hate speech, misogyny and attacks on minorities, because it circulates in powerful media spaces through internet.

Key-words:
Place of speech; Narrative; Feminism.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Marielle, presente! Lugar de fala, luta e resistência