O presente trabalho investiga o vídeo como processo relacional fundamental de nossos agenciamentos com a imagem na contemporaneidade. Para tal, traço um panorama das obras e exercícios da videoarte, desde os anos 60, na tentativa de destrinchar procedimentos e exercícios com a imagem, principalmente quanto à autoimagem ou filmagem de si, que funcionem como produção de resistência diante de um capitalismo que investe na experiência, na estética e nos modos de vida como práticas de consumo. Ressalto a produção de um exercício esquizofrênico com a imagem, que está em consonância com a própria lógica da produção capitalista, e atualizo o contexto do vídeo nas sociedades contemporâneas tomadas por telas e redes virtuais.
Palavras-chave: artes do vídeo; autoimagem; estéticas de si; esquizofrenia; capitalismo.
The present work investigates video as a fundamental relational process of our assemblages with image in the contemporaneity. To do so, I outline the works and exercises of videoart, since the 60s, in an attempt to unravel procedures and exercises with image, especially as to self-image or self-filming, that function as a resistance to a capitalism that invests in experience, aesthetics and ways of life as consumption practices. I emphasize the production of a schizophrenic exercise with image, which is in line with the very logic of capitalist production, and actualize the context of video in contemporary societies dominated by screens and virtual networks.
Key-words: video arts; self-image; aesthetics of the self; schizophrenia; capitalism.